Olheiras: causas, fatores e tratamentos

Muitas vezes pensamos que as olheiras são devidas ao cansaço e a falta de sono. Embora esses fatores sejam uma das causas, há outras razões para o surgimento das olheiras, como o processo natural de envelhecimento.

DEFINIÇÃO

Olheira é um termo comumente usado ​​para descrever a hiperpigmentação periorbital, inchaço periorbital e bolsas palpebrais infraorbitais e possui múltiplas causas, como a melanina e problemas estruturais orbitais.

É uma preocupação estética e afeta indivíduos com uma ampla faixa de idade, ambos os sexos e todas as raças. A piora das olheiras ocorre com o processo de envelhecimento de flacidez da pele e distribuição alterada de gordura subcutânea. Além disso, a região possui a pele muito fina, que pigmenta e pega cor dos vasos sanguineos com facilidade, o que interefere diretamente no surgimento das olheiras.


TIPOS E CAUSAS

As possíveis causas das olheiras ocorrem, também, porque a região periorbital possui a pele muito fina, que envelhece e pigmenta com facilidade. Além disso, existe, basicamente, 4 causas para o surgimento das olheiras. São elas:

  • Vasculares: tipo V. Aparecem como azul infraorbital, matiz rosa ou roxo com ou sem inchaço periorbital ou edema, devido ao excesso de retenção de líquido, má circulação sanguínea (causada por poucas horas de sono, por exemplo) e acúmulo de hemoglobina na região.
  • Pigmentadas: tipo P. Aparecem como marrom infraorbital matiz, às vezes associadas a lesões pigmentadas, como lentigos solares, sardas, melasma ou nevo zigomático.
  • Estrutural (em bolsa): tipo S. Aparecem como sombras estruturais formadas pelos contornos da superfície anatômica facial que desaparecem após iluminadas com luz frontal.
  • Estrutural (profundas): tipo S. Aparecem pela blefaroptose e pela perda de volume de tecido adiposo ou mole com proeminência óssea, que podem ser genético ou surgirem ao longo do tempo com o envelhecimento.

Na maioria das vezes um indivíduo tem uma mistura de tipos e causas possíveis, por isso tratar olho, geralmente precisa de um mix de terapias.

Um estudo feito por pesquisadores em Taiwan com 65 pessoas, sendo 8 homens e 57 mulheres, como uma idade média de 39 anos, mostra quais tipos de olheiras são mais comuns.

“O tipo pigmentar, vascular, estrutural e misto  foi responsável por 5%, 14%, 3% e 78%, respectivamente. O tipo misto, pigmentar vascular (37%) e o tipo três combinado (26%) foram mais comum. A média geral foi de 6.4, enquanto os diferentes tipos tiveram uma média de 4.3 / 4.1 / 5.0 e 7.0, respectivamente.”

Fonte: Clinical analysis and classificationof dark eye circle – Taiwan – 2012.

 

FATORES DE PIORA

Os hábitos de vida interferem no surgimento das olheiras.

Fatores como estresse, poucas horas de sono e tabagismo podem influenciar negativamente, entretanto, há uma predisposição genética que condiciona algumas pessoas terem mais olheiras do que outras.

O envelhecimento também é uma das causas por conta da perda de tecido adiposo e do enfraquecimento da pele ao redor dos olhos. Essas alterações podem fazer com que as olheiras pareçam mais definidas em adultos mais velhos.

Outros fatores incluem:

  • alergias;
  • hiperpigmentação, que acontece quando o corpo produz mais melanina;
  • exposição excessiva à luz solar;
  • desidratação;
  • dermatite;
  • doença de tiróide. 

 

TRATAMENTOS

Uma série de terapias estão disponíveis para o tratamento de olheiras infraorbitais. As modalidades terapêuticas devem ser diferentes dependendo da causa, pois as olheiras infraorbitais são devidas a múltiplos fatores.

A seguir menciono os tratamentos que temos aqui na clínica:

  • Ulthera (ultrassom microfocado): é indicado para tratar a flacidez da pele e muscular, fortalecendo a base e a pele das pálpebras inferiores. O aparelho age através de ondas que aquecem a camada superior do músculo e a profundidade da pele, responsável pela produção de colágeno. Os tecidos se contraem, produzindo um efeito de lifting imediato que segue melhorando por até seis meses após o procedimento.
  • Radiofrequência microagulhada: é feito com uma tecnologia que emite ondas de calor associadas à puntura das microagulhas, para conferir melhora na sustentação e coloração. Já o MMP é realizado também com um aparelho de microagulhas em sua extremidade e ativos clareadores específicos diretamente nas olheiras, a fim de melhorar a absorção dos ativos e clarear a pele na região.
  • Baby botox (como são conhecidas as micro doses de Botox): é uma versão minimizada do tratamento. A técnica deve ser precisa em injeções super direcionadas que podem ser aplicadas mais superficialmente, conferindo resultado natural e melhorando rugas finas de forma efetiva.
  • Preenchimento: feito com ácido hialurônico é indicado para as mais profundas, que formam sulcos abaixo dos olhos. Essa substância é produzida naturalmente pelo organismo, e neste caso é injetada para ocupar a região mais funda, de forma a nivelar a superfície da olheira, diminuindo a sombra e distanciando a pele dos vasos que tem nessa região, consequentemente há um clareamento importante da olheira.
  • Radiofrequência pura: entre os melhores tratamentos para alcançar uma expressão harmoniosa e rejuvenescida. Emite ondas de calor e aquece a área tratada, compactando a gordura das bolsas abaixo dos olhos, estimulando a produção e manutenção do colágeno na região e melhorando a drenagem local.
  • Fios de PDO: procedimento eficaz para a área dos olhos eque apresenta resultados surpreendentes. A sessão dura aproximadamente 20 minutos, necessita apenas de anestesia local, e entre as funções destaca oefeito de lifting imediato, estimula a produção de colágeno e melhora o viço e elasticidade da pele.
  • Laser: ajuda na produção de colágeno, melhora dos vasos superficiais e no clareamento da região. Nas últimas décadas, os lasers têm sido cada vez mais usados ​​na dermatologia estética por ter sido um tratamento muito eficiente.
Em um estudo feito pelo Departamento de Dermatologia e Instituto de Pesquisa de Biologia Cutânea, Yonsei University College of Medicine, em Seul na Coréia, com 17 pacientes com deposição dérmica de melanina infraorbital tratados com laser, demonstrou uma resposta de clareamento de mais de 50% em 23,5% dos pacientes após um tratamento e em 88,9% de pacientes após dois tratamentos.

fonte: Infraorbital Dark Circles:Definition, Causes, and Treatment Options - Seul – 2009.

 

  • Peeling: aplicação de um ou mais agentes químicos que levam à destruição controlada da pele, resultando na remoção de lesões localizadas na epiderme ou na derme superior. Os peelings podem ser superficiais, médios ouprofundos, depende de cada indivíduo.

 

Existem diversas possibilidades e combinações de procedimentos para cada caso, por isso a avaliação dermatológica é essencial para descobrir qual estratégia de tratamento proporcionará o seu melhor resultado.

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Fontes:

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1524-4725.2009.01213.x

https://sci-hub.do/https://doi.org/10.1111/j.1365-4632.2012.05701.x

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